Petição engaja 25 mil pessoas pela liberação de animais na cabine do avião

Por: Mainary Nascimento
Um abaixo-assinado a favor da liberação do transporte de cães e gatos de qualquer peso e tamanho na cabine do avião está chamando a atenção de tutores em todo o país. A petição, criada por uma usuária da plataforma Change.org, atingiu em apenas um mês a marca de 25 mil apoiadores que tentam sensibilizar as companhias aéreas em rota pelo Brasil.
Atualmente, as regras definem que apenas animais com cerca de 8 quilos têm direito a viajar na cabine com os tutores. Acima disso, os animais domésticos são obrigados a seguir no porão das aeronaves, em meio às bagagens. A campanha, que busca uma atualização dessas normas, defende que família – como são considerados os pets – não viaja no porão.

“Queremos o direito de voar com nossos pets na cabine, em caixas de transporte apropriadas, já que o voo não é gratuito”, reivindica Luciana Coelho, a autora do abaixo-assinado. Entre as companhias aéreas citadas como “tomadoras de decisão” na petição estão a Latam, Azul, Gol e a Air France.
Luciana trata a demanda como uma necessidade urgente e crescente. Na petição, ela destaca que muitos animais sofrem danos físicos e chegam até a óbito por ficarem longe “dos olhos atentos” de seus tutores durante a viagem. A autora do abaixo-assinado destaca, ainda, que não há outra forma de levar os pets em casos de mudanças intercontinentais, por exemplo.
“Diariamente as pessoas têm necessidade de viagem aérea, seja a passeio, trabalho e principalmente mudança. Os passageiros voam e muitas vezes precisam levar seus animais domésticos”, argumenta Luciana no texto do abaixo-assinado, que segue aberto.
Em respeito às pessoas que não querem dividir espaço com os animais na cabine, a autora da campanha sugere a manutenção dos voos regulares já existentes, mas cobra que também seja avaliado o direito de daqueles que querem viajar junto com os pets.
Casos trágicos
A campanha criada por Luciana cresce após a ocorrência de dois casos recentes de animais mortos em viagens aéreas. Em setembro, um cãozinho da raça golden retriever, de apenas 2 meses e 4 dias, foi entregue à tutora já com dificuldades para respirar depois de uma viagem entre o Rio de Janeiro e São Paulo. O animal não resistiu.
No último mês, um american bully, de 4 anos, chegou morto ao Aeroporto Internacional de Aracaju depois de uma viagem iniciada em São Paulo. Os casos reforçam denúncias de descuido contra as companhias aéreas, bem como aumentam a reivindicação por novas regulamentações que evitem o sofrimento de horas de confinamento dos pets sem assistência.
“Esperamos que histórias assim não voltem a se repetir. Esta petição, criada pela Luciana e hospedada em nossa plataforma, mostra como o apelo pela liberação dos pets nas cabines dos aviões é importante e urgente. Já são mais de 25 mil pessoas endossando essa necessidade. As companhias aéreas precisam dar ouvidos a isso e atualizar as suas normas o quanto antes”, declara Débora Pinho, coordenadora de campanhas da Change.org.
Nota da Redação: a ANDA luta há 13 anos para garantir esse direito aos animais. É irresponsável e negligente que companhias áreas continuem transportando animais no setor de carga como se fossem objetos diante da quantidade dantesca de casos de mortes de animais por hipertermia e asfixia. Assim como crianças, animais precisam viajar ao lado de seus tutores, de forma tranquila e segura. Esperamos que todas as companhias áreas se conscientizem sobre o bem-estar animal e proibiam definitivamente essa prática.
Matéria publicada na ANDA.

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